Sou doidinha pelo Natal. Pela figura do Papai Noel então, nem se fala. Me lembro do meu tio, vestido a rigor, entregando os presentes da gurizada há mais de 40 anos atrás. Estas lembranças valem ouro para mim.
Minha avó materna, Cassilda, montava a árvore de Natal no canto da sala de estar e o presépio numa mesa baixa. Cobria tudo com um grande lençol branco, porque nós não podíamos ver nada antes do dia 24. Era uma festa para a criançada.
Para passar pela sala, cobríamos os olhinhos, mas sempre deixando um buraquinho pra ver se conseguíamos vislumbrar alguma coisa do que se escondia sob o lençol, tentando burlar a vigilância dos adultos, procurando ser mais espertos que eles...
Os presentes também ficavam escondidos. Procurávamos pela casa toda, mas não lembro de ter encontrado algum na minha infância. Quanta felicidade! Quanta inocência! Quanto amor havia nestes gestos familiares que procuravam preservar a fantasia de nossas mentes infantis.
Com meus filhos também procurei incentivar o gosto pelas festas de final de ano, os presentes só recebidos à meia noite do dia 24, alegrias e algumas decepções, mas sempre tudo embalado com muito amor. Hoje tenho minha neta Laura. Ela ligou para o pai dela, meu filho Rafael para que ele visse, pelo telefone, que ela havia colocado as bonecas de frente pra lareira, para que elas recepcionassem o Papai Noel. E me emocionei ouvindo ele dizer a ela que devia deixar um copo de leite e alguns biscoitos preparados perto da lareira, pois o Papai Noel chegaria com fome depois de andar entregando presentes pelo mundo todo.
Tem gente que acha besteira. Que o Papai Noel não faz parte da nossa cultura tropical. Eu não me importo. Se ele traz felicidade, para mim já está valendo a pena.
É tão bom ser criança. Porque será que hoje em dia elas teimam em crescer depressa demais?
Meus natais passados, presentes e futuros.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009 Postado por admin às 12/28/2009 02:38:00 PM |
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